Capítulo 128

23 de setembro de 2011

__Então era verdade… Você tava mesmo grávida… – Pedro está visivelmemte transtornado – Meu Deus…!

__Sua esposa preparou uma armadilha e eu, ingênua, caí direitinho! Eu fui até o galpão porque você marcou para conversarmos lá. Pelo menos foi o que pensei. Mas na verdade era uma armadilha da Bruna. Ela me atraiu até o galpão, me agrediu e ateou fogo ao lugar… Ela disse que queria me matar.

__Essa mulher é louca! – grita Bruna – Eu vi Júlia nas chamas e ela estava morta! Ninguém sobrevive a um incêndio como aquele! Eu vi, Pedro! A desgraçada morreu no meio do fogo! Essa mulher tá querendo nos confudir, nos humilhar! Provavelmente ela nem conheceu a Júlia! – ela dá uma risada sinistra – Ela ouviu essa estória de alguém, talvez o irmão da falecida tenha contado…! E agora quer tirar partido disso! Essa mulher é uma louca, mentirosa e cruel!

__Cale a boca! – grita Francisco – Não fale da minha filha desse jeito, sua vagabunda assassina!

__Ela não é sua filha! A Júlia, sua filha está morta, velho! Essa daí é uma imbecil que quer tirar onda com a nossa cara! – fala Bruna, absolutamente descontrolada.

Júlia se volta para os convidados com um leve sorriso nos lábios.

__Meus amigos da imprensa, coloquem como matéria de primeira página em seu jornal toda essa estória! Eu fui vítima de uma louca obsessiva que planejou minha morte com o objetivo de destruir minha reputação, minha moral… E o meu amor  por Pedro. Fui vítima de um canalha disfarçado de grande empresário que humilhou e expulsou minha família para encobrir as maldades da filha…!A criminosa aqui é Bruna, delegado Valdomiro. A manipuladora é ela. A imoral é ela. A mau caráter, inescrupulosa aqui é ela! O único crime que cometi foi me apaixonar por Pedro. – ela olha para Pedro com mágoa e triteza ao mesmo tempo.

__Falsa identidade é crime, senhora! – fala o ex-prefeito Mateus – A senhora está dizendo que não é Jaila Rivera, mas sim Júlia Castro, supostamente falecida vinte e tantos anos atrás…! Durante todos esses anos, usou um nome falso e isso é crime! Sabe que pode ser presa por isso?

__Por isso? Depois de vinte anos, sei lá?! Eu vou ser presa por ter adquirido nova identidade em outro país enquanto que para todos os efeitos estava morta aqui no Brasil? E Bruna ficará impune por tentativa de homicídio e incêndio criminoso? Eu serei punida e ela não?

__Não há provas suficientes que garantam a culpa de Bruna… Já a senhora, está mais do que provado que cometeu falsa identidade! – diz o delegado.

__Está esquecendo de uma coisa, delegado. Eu sou viúva de Benito Rivera, um dos homens mais ricos da Europa. – ela diz – Não considero o meu delito mais grave e digno de punição do que o de Bruna!

__Acho melhor terminar com essa festa, Jaila. – fala Anadyr.

Júlia concorda. Alguns convidados vão embora, aturdidos e chocados com os acontecimentos… Apenas os envolvidos permanecem na mansão. Esta será uma longa noite!

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