Ponto Final

6 de novembro de 2011

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Cheguei ao final dessa estória. Não sei se é uma boa estória, se está bem escrita, se agradou ou não. Para mim, foi uma ótima experiência. Já escrevi muito ao longo de minha vida, mas nunca tive coragem de mostrar meus escritos... Um tanto de insegurança, talvez. E outro tanto de timidez.

Com a internet, me senti segura e também protegida pelo anonimato para mostrar meus escritos. Isso também me incentiva a escrever mais e melhor, mas sem a pretensão de me tornar famosa, uma grande escritora nem mesmo que meu livro seja um best-seller...! Escrevo apenas pelo prazer de escrever.

Aliás, já estou começando uma nova estória!

Espero que a acompanhem também.

Até a próxima!

Capítulo 146

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Oito meses depois…

“Uma belíssima e discreta cerimônia foi realizada no Bistrô Delicado, na cidadezinha de Caiçara, esta semana.

Pedro Moura e Júlia Castro casaram-se oficialmente na quarta-feira. Mas o romance deles já dura dezoito anos!… Separados por muito tempo pelo destino, Júlia e Pedro reencontraram-se dezoito anos depois e decidiram casar.

Júlia, que já foi a poderosa Jaila Rivera, cuida do charmoso bistrô e do curso de culinária na fábrica da cidade, enquanto Pedro, divide seu tempo entre a fábrica, o bistrô e o seu restaurante Típico’s no Rio… Afeitos a badalação, eles só permitiram esta reportagem por insistência desta colunista. Júlia e Pedro receberam a família, e alguns amigos íntimos, incluindo esta colunista, em sua casa num coquetel. Mas nada de fotos, eles exigiram! Tudo bem, sem fotos.

O que importa mesmo é que eles estão felizes com a vida nova.

Boa sorte, Pedro e Júlia!”

__Ah, que danadinha! – exclama Júlia, dando uma risada.

__O que foi? – pergunta Pedro.

__A Vitória prometeu que seria só uma nota! – ela mostra o jornal para o marido.

__Prá mim tá legal.

__Sem foto, Pedro! – Júlia mostra o fim da reportagem para ele – Olha só!

Pedro ri.

__Ah, eu gostei…! Ficou legal!

__Como assim ficou legal?…

__Meu amor, a gente disse que não queria foto. Isso não é foto, Júlia…

__Nós somos assim?!

Eles começam a rir.

__Claro que não! – diz Pedro entre risos – Somos mais bonitos!

 

 

casal 6

E foram felizes para sempre… Para sempre?… Bom, isso não se aplica muito a essa estória… Melhor dizer apenas que o amor venceu, apesar de tudo e de todos, apesar de tanto desencontro, tanta mágoa, tanta fúria, tanta angústia… O amor venceu.

Melhor dizer que eles são felizes. E talvez sejam por muito tempo ainda…

  

Capítulo 145

4 de novembro de 2011

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A reação de Bruna foi de indiferença. Ela não ficou nem um pouco abalada com a partida de Pedro! Ela fez apenas um comentário impessoal e pronto. Trocou uma ou duas palavras com o marido antes de ele partir e só.
__Espero que saiba o que tá fazendo, Pedro. – disse Bruna – Vai se enfiar naquele lugar odioso prá cuidar de uma fabriqueta de doces e um botequim de terceira categoria! Isto é a sua cara, querido!
__E você? Vai fazer o quê da vida?
__Não sei ainda. Talvez eu case de novo. – ela sorri – Com um milionário dessa vez!
__Tomara que dê tudo certo prá você, Bruna. Apesar dos erros teríveis que cometeu, alguns imperdoáveis, acho que merece ser feliz.
__Obrigada, meu bem. Adeus, Pedro. Não teria mesmo dado certo entre nós… – ela o beija no rosto – Adeus.
__Adeus, Bruna.
Pedro lembra, enquanto não chega a Caiçara. Bruna está certa. Não teria dado certo entre eles por mais que tentassem.
Já é quase noite quando finalmente chega a Caiçara. Cansado, ele procura um quarto no pequeno hotel da cidade. Ainda não pensou em alugar uma casa, mas quer morar perto da fábrica.
Voltar para Caiçara depois de tantos anos é ao mesmo tempo bom e ruim. Pedro gosta de lembrar os momentos felizes que passou ao lado de Júlia, a melhor época da sua vida… Mas os acontecimentos ruins, ele prefere esquecer.
As pessoas da cidade olham para ele com curiosidade, algumas o conhecem, como o ex-prefeito Mateus e o delegado Valdomiro. Mas Pedro não está preocupado com o que os outros pensam. O que ele quer é viver em paz, aquela vidinha que planejou viver com Júlia no passado…
__Quer conhecer o bistrô? – pergunta Caio um dos donos do pequeno hotel onde Pedro está morando – Acho que o senhor vai gostar…
__Vamos lá!
A fachada é muito bonita com arquitetura antiga lembrando os bistrôs de Paris… E o nome, um encanto: Bistrô Delicado. Pedro sorri antes de entrar, sentindo que agora sua vida vai dar certo de verdade.
Muito bem decorado, um garçom arruma as toalhas das mesas enquanto outro varre o chão.
__Ainda não abriu. – diz Caio – Estão esperando o senhor para dar as ordens…
__Como assim dar as ordens?…
__É o novo dono, não é? Então precisa dar as ordens!
__Não, não…! Eu não sou dono de nada! Vou administrar a fábrica, mas o bistrô é dos funcionários!
__O gerente atual não entende muito bem da coisa… Sabe como é, seu Pedro… Gente do interior, não tá acostumado com essas coisas da cidade grande…! O senhor com certeza vai cuidar melhor disso aqui!
__Bem, eu vou dar uma ajuda. Posso ver a cozinha?
__Claro.
Pedro gosta do que vê. Tudo muito limpo e organizado, com uma decoração simples e delicada. A cozinheira parece bem experiente e os ajudantes também.
__Seu Pedro, já tem cliente no bistrô! – diz um dos garçons entrando na cozinha esbaforido – Quer falar com o gerente!
__Bem, e onde está o gerente?
__Acho que o senhor vai ter de resolver isso, seu Pedro… – fala Caio – O gerente não vai aparecer hoje.
__Porque não?
__Pediu demissão. Eu disse, ele não entende muito dessas coisas, estava todo atrapalhado!… Acho melhor o senhor resolver isso com o cliente.
__Tá certo. Vou falar com o cliente. – ele diz, um tanto hesitante.
Sentada numa mesa de canto, a mulher de óculos escuros e vestido verde se levanta quando Pedro aparece.
__Porque demorou tanto? – ela diz tirando os óculos.
Pedro abre um sorriso ao ver Júlia.
__Júlia! O que tá fazendo aqui?
__O que estou fazendo aqui?! Vim tomar um café, ora! – elase aproxima dele – Porque você demorou tanto, Pedro?
__Eu… Pensei que tinha ido embora, prá Espanha… O que faz aqui, Júlia? – ele está atordoado e feliz ao mesmo tempo…
__Jaila Rivera foi embora. Eu fiquei. – ela sorri antes de abraçá-lo – Eu estou aqui, querido… Júlia Castro.
__Como assim?… Você vai ficar em Caiçara?…
__Sim, eu vou ficar. Com você. – ela diz antes de beijá-lo. – Eu te amo, Pedro. Nunca deixei de te amar. Mesmo quando pensava que não te amava, eu te amei. O que me fez desistir de bancar a “justiceira”, de querer prejudicar ainda mais sua família, foi o amor que sempre senti por você, querido. – as lágrimas caem de seus olhos sem que ela perceba… – Não podia continuar com aquela tolice se ainda amava você…!
__Eu também te amo, Júlia. Sempre te amei. Fui covarde, um fraco, um completo idiota!… Devia ter enfrentado minha família e ficado com você, como eu queria…! Teria sido muito mais feliz. – ele sorri, abraçando-a forte – Vamos começar de novo, docinho?
__Claro, meu amor! Vamos começar tudo de novo! Juntos.
__Mas e os seus negócios? Como vai ser sem você na El Madrid?
__Anadyr estará no comando agora. As empresas agora serão administradas por ela. Passei minha ações prá Anadyr. Ela já era dona de uma parte das empresas, agora será a nova presidente da El Madrid.
__Você entregou tudo prá Anadyr?
__Benito deixou uma parte de sua fortuna prá ela, Pedro.
Pedro dá uma risada.
__Isso é ótimo!
__A única pessoa em quem Benito confiava cegamente além de mim, era Anadyr. Ela nunca foi só uma secretária, meu amor. Ela é uma das herdeiras de Benito Rivera. Aliás, acho muito justo que ela assuma as empresas.
__Bem, e agora o que você vai fazer da sua vida?
__O que eu sempre quis fazer, meu amor: cozinhar! Você cuida das finanças e eu cuido da comida!
Eles se beijam apaixonadamente. Este momento durante muito tempo só aconteceu nos sonhos deles… Queriam muito estar juntos, se amando novamente e fazendo planos para o futuro… Durante muitos anos, ficou só na vontade, na imaginação… E agora, finalmente aconteceu!
Foi uma decisão muito fácil para Júlia. Estava no aeroporto quando se deu conta de que não tinha nada mais a fazer na Europa. Que sua estória como Jaila Rivera tinha chegado ao fim. Não precisava mais ser quem não era… Não precisava mais fingir que não amava Pedro. Ela é – e sempre será – Júlia Castro, a garota interiorana que adora cozinhar!…
E quanto a Pedro, também foi bem fácil decidir que rumo dar a sua vida, mesmo sem ter Júlia ao seu lado. Seu divórcio aconteceu sem que sentisse culpa alguma… Libertar-se de seus pais também não lhe causou qualquer remorso… Ele, assim como Júlia, pode agora ser quem realmente é.

Capítulo 144

31 de outubro de 2011

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João sugeriu a Pedro que fosse para Caiçara conhecer a nova fábrica e o bistrô recentemente aberto em cooperativa com os operários. Pedro ficou entusiasmado com a idéia e já fez as malas. Natália e Rafael estão indignados com a decisão do filho de deixar o Rio para morar em Caiçara…
__Se ainda fosse prá passar uma temporada, umas férias, tudo bem! – fala Natália – Mas morar de vez é um absurdo!
__Absurdo por quê, mãe?
__Porque aquele lugar é horrível, Pedro! Passamos momentos horríveis lá!
__Vocês passaram, não eu. Tenho lembranças maravilhosas de Caiçara!
__Mas, meu filho, prá quê morar lá? – diz Rafael – Você pode administrar seus negócios daqui do Rio mesmo!… Nem precisa ir prá aquele fim de mundo!
__Meu pai, fim de mundo é aqui, isso sim! Eu vou ficar bem, não se preocupem. Acho que vou ficar melhor lá do que aqui.
__Tem certeza?
__Absoluta.
__Então tá. Mas vem nos ver de vez em quando? – Natália abraça o filho.
__Claro, mãe. E vocês também vão me visitar, hein! – ele beija Natália.
__É, talvez… Não gosto muito daquela cidade chinfrin, mas faço esse sacrifício por você, filhote!
__Então, eu vou indo.
E ele vai mesmo. Está entusiasmado, cheio de projetos na cabeça! Quer começar uma vida dessa vez mais simples e tranquila, como sempre desejou. Algo lhe diz que tudo vai dar certo dessa vez. Mesmo sem o seu grande amor, Pedro acredita que será feliz. Se a perdeu, fez por merecer. Não adianta nada lamentar. Até poderia lutar por ela, ir para a Espanha, “correr atrás do prejuízo” como se diz na gíria. Mas talvez não seja para ser, talvez não tenham de ficar juntos mesmo…

Capítulo 143

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Pedro sorri ao ver Sofia abrir a porta da mansão.
__Como vai, dona Sofia?
__Como Deus quer. E você tá fazendo o quê aqui?
__Eu vim conversar com a Júlia.
__Chegou tarde, moço. Ela foi pro estrangeiro de manhã. Já deve é tá quase chegando nessa tal Espanha…!
__Já foi?… Tão rápido…?
__Pois é. Mas ela deixou umas coisa com o João, uns papel… Coisa do trabalho. – ela faz um gesto para ele entrar – O João tá no escritório.
__Ah, tá. Obrigado, dona Sofia.
Sabia que talvez não a encontrasse mais. De certa forma, Pedro sabia que isso aconteceria. Mas tinha esperança de conversar com Júlia ainda que pela última vez…
__Olá, João. Sua mãe disse que tem uns papéis prá mim… – fala Pedro entrando no escritório.
__Pois é. Minha irmã pediu prá te entregar isso. – ele passa um envelope grande a Pedro.
Pedro abre o envelope, curioso. Ora, mas que surpresa!…
__Mas isso é…
__Exatamente, Pedro. O Típico’s é seu novamente. E a fábrica em Caiçara também.
Pedro está pasmo! Porque ela fez isso?…
__Que coisa…! Porque ela fez isso, João?
__Justiça, talvez. – ele dá um sorriso – Talvez porque você também foi vítima da loucura de Bruna e compania… De qualquer maneira, eu acho justo.
__Não posso aceitar.
__Claro que pode. Deve aceitar. Poderá recomeçar sua vida com tranquilidade, sem se preocupar com dinheiro. Não era o que você queria?
Pedro respira fundo. O que queria mesmo era voltar no tempo e começar tudo de novo… Teria feito tudo diferente, teria seguido seu coração. E talvez hoje sua vida fosse melhor.
__O que eu queria era ficar com Júlia. Não devia ter casado com Bruna, nem aceitado a chantagem dos meus pais. Devia ter ficado com Júlia e deixar que meu pai e Álvaro pagassem por seus crimes. – ele diz com tranquilidade.
__Você ainda gosta dela?
__Sempre a amei. E talvez ela também me ame. Mas respeito a decisão dela. Não tenho o direito de exigir nada de Júlia à essa altura do campeonato. – ele se levanta e caminha até a porta – Obrigado, João. Vou considerar como um presente.
__Nada acontece por acaso, meu amigo. Para tudo há um propósito nesta vida… – ele sorri e levanta – Júlia não sobreviveu àquele incêndio a toa. Talvez tenha sobrevivido para que pudesse recomeçar a vida, para que tivesse uma segunda chance… Isso vale prá você também, Pedro.
Pedro saiu da mansão com o coração cheio de esperança. Quem sabe ainda consiga recuperar o tempo perdido?… E se não for tarde demais para ele e Júlia?… Mas como se ela foi para a Espanha e ele continua aqui?…

Capítulo 142

24 de outubro de 2011

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Ir embora. Taí uma coisa que Pedro adoraria poder fazer… Sumir, desaparecer, ir para bem longe…! E começar tudo de novo. Começar sua vida de novo, do zero. Ele soube por Paula que Júlia está voltando para a Espanha. Bem, ficou mexido sim. Não esperava pela atitude dela no final, principalmente em relação à Bruna e seu pai. Pedro ficou feliz por Júlia ter decidido encerrar essa estória, mas por outro lado, não gostou muito de saber que ela vai embora.
Vai perdê-la, pela segunda vez?… Vai deixá-la escapar novamente por conta da sua passividade, da sua falta de determinação?… Vai permitir que a mulher de sua vida se vá, pura e simplesmente por não ter coragem de tomar uma atitude radical, jogando tudo às favas?!…
Bem, talvez ele não seja mais o homem da vida dela. Talvez ela não queira mais retomar o relacionamento do passado… Será que Pedro quer? Uma coisa é certa para ele: seu casamento com Bruna acabou definitavamente. Na verdade, acabou faz tempo, ele apenas fingia que ainda havia alguma chance… E ainda mais agora, sabendo que Bruna foi capaz de tramar a morte de Júlia por inveja e despeito… Não dá para continuar com um casamento nessas condições. Bruna foi cruel e imatura. Também Júlia teve sua parcela de culpa nessa estória, quando resolveu destruir os Agostine e por tabela os Moura. Mas o crime de Bruna foi mais terrível e imperdoável. Ela destruiu duas vidas: a sua e a de Júlia.
O que fazer agora? Está aflito, ansioso, não consegue pensar em outra coisa a não ser em Júlia…! E se for conversar com ela pela última vez? Tentar convencê-la a ficar e… Que loucura! Ele já está fantasiando!
__Pedro? Pedro, meu filho?
__Hã? O que foi que disse, mãe?
__Eu tô falando com você a séculos, Pedro! Acho que você devia procurar a Bruna e tenta reconciliar com ela.
__Porque?
__Ela é sua mulher, Pedro! Tantos anos de casamento jogados fora por uma bobagem!
__Uma bobagem?… Tentativa de assassinato é bobagem, mãe? Bruna tentou matar Júlia naquele incêndio! Isso é crime, sabia?
__Mas ela não morreu, filho! Não precisa crucificar Bruna por causa de uma coisa que na verdade nem aconteceu!
__Não aconteceu porque o destino não quis! Uma coisa dessas não dá prá perdoar, mãe.
Natália senta ao lado dele.
__É por causa da Júlia, não é? Você quer se separar da Bruna prá ficar com aquela cozinheira de botequim, não é isso?
__Não. A Júlia vai voltar prá Espanha, mãe. Tô pedindo o divórcio porque não amo a Bruna, nunca amei. – ele está sendo sincero pela primeira vez na vida! – E nunca vou amar. Esse casamento foi um erro. O maior erro da minha vida. – diz tudo sem culpa alguma… – Eu nunca devia ter casado com Bruna. Eu devia ter casado com Júlia.
__Pedro!… – Natália está indignada.
__Não finja que não sabia disso, porque você sempre soube, mãe. Casei com Bruna por causa da nossa família, prá salvar a pele do papai. Prá que não ficássemos na miséria e ele não fosse prá cadeia. Foi por isso que desisti da Júlia, de viver a minha vida com a mulher que eu realmente amava… – ele segura a mão da mãe – E afinal de contas, meu sacrifício foi em vão porque ficamos na miséria e o papai ainda corre o risco de ir prá cadeia. Mas agora, sei que vocês podem se virar sozinhos. Não preciso me sacrificar mais por vocês. Tenho que seguir com minha vida e vocês dois têm de seguir com a de vocês. – ele beija a mão da mãe – Eu vou seguir meu rumo, dona Natália. E você?
__Como assim seguir seu rumo? Vai atrás daquela mulherzinha?
__Não, não vou atrás de Júlia. Não fui quando deveria ir, há dezoito anos atrás, não farei isso agora. Vou correr atrás da minha vida, mãe. Só isso.

Capítulo 141

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O dito pelo não dito. Assim ficou definida toda essa estória depois da declaração bombástica de Júlia em rede nacional. Até Anadyr ficou surpresa! A verdade é que Júlia “limpou a barra” de Bruna ao dizer que não tem mais motivos para vê-la na cadeia… E ainda devolveu um pouco da dignidade de Pedro e Rafael. Depois de muito pensar, Júlia chegou a conclusão que deve voltar à Europa e deixar as coisas como estão aqui no Brasil.
Foi tudo em vão? Todos os seus esforços em destruir os Agostine, em humilhar Pedro e Bruna foram em vão? Foi tudo em vão, afinal? Seu plano de anos, tão bem elaborado para ter os Agostine e os Moura em suas mãos, foi em vão?
O que ela realmente queria? Vingança, justiça?… As duas coisas, talvez. Mas no fundo de seu coração, ela só queria mostrar a todos que conseguiu vencer apesar de tudo o que fizeram para prejudicá-la.
E mais no fundo ainda, ela queria mostrar a Pedro que sobreviveu a ele. E talvez, quem sabe, reencontrar seu amor do passado… Mas nada saiu como imaginou. O que lhe resta agora? Sair de cena, encerrar o show.
__As malas já estão prontas, Júlia. – diz Anadyr.
__Tudo bem, amiga. Vou me despedir dos meus pais.
__Você tá bem, querida?
__Sim, estou bem. Agora eu estou bem.
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